Apesar dos esforços da Europa para reduzir a dependência do gás russo após as tensões causadas pela intervenção de Putin na Ucrânia em 2022, vários países do Leste Europeu ainda dependem do gás proveniente de Moscou. A Eslováquia, por exemplo, criticou a decisão do presidente ucraniano Volodimir Zelenski e ameaçou tomar medidas de retaliação.
O ministro ucraniano de Energia, German Galushchenko, comemorou o fim do fluxo de gás russo, chamando o evento de “histórico” e destacando os impactos financeiros que a Rússia enfrentará com essa decisão. Zelenski também se pronunciou nas redes sociais, afirmando que o dia marca uma das maiores derrotas de Putin desde o início do conflito.
A Polônia, que não importa gás da Rússia, apoiou a decisão da Ucrânia, considerando-a uma vitória em meio às tensões políticas na região. Enquanto isso, a Moldávia enfrenta uma situação crítica, com a interrupção do fornecimento de gás pela Rússia piorando a instabilidade gerada pelos separatistas apoiados pelo Kremlin em seu território.
A União Europeia demonstrou estar preparada para lidar com o corte no fluxo de gás russo, destacando os esforços feitos nos últimos anos para fortalecer a infraestrutura de gás do bloco e garantir suprimentos alternativos. Enquanto isso, países como Eslováquia e Hungria, que mantêm relações distintas com a Rússia, estão avaliando as consequências da decisão da Ucrânia e suas possíveis retaliações.
Neste cenário de tensões geopolíticas e impactos econômicos, a decisão da Ucrânia de interromper o trânsito de gás russo está gerando repercussões significativas e envolvendo diversas nações europeias em um complexo jogo diplomático e energético.