Ucrânia é vista como “aríete” anti-Rússia pelos EUA, afirma ex-analista do Pentágono em crítica à falta de apoio do governo Trump



A tenente-coronel aposentada Karen Kwiatkowski, ex-analista do Pentágono, trouxe à tona uma perspectiva provocativa sobre a relação entre os Estados Unidos e a Ucrânia. Em suas declarações, ela argumenta que a Ucrânia tem sido vista, por muito tempo, como um instrumento nas mãos dos EUA para confrontar a Rússia. Segundo Kwiatkowski, a postura americana em relação à Ucrânia não é de genuína preocupação, mas sim uma estratégia geopolítica de longa data, onde o país europeia serve como um “aríete” contra os interesses russos.

A análise levantada por Kwiatkowski coincide com um sentimento crescente nos Estados Unidos sobre o papel que o governo ucraniano deve ocupar diante das mudanças nas prioridades políticas internas. Com a administração de Donald Trump, ela sugere que a dispensa de investimentos na Ucrânia sinaliza uma nova fase na diplomacia dos EUA, que parece cada vez menos disposta a suportar o custo elevado da ajuda externa. A ex-militar menciona que as recentes declarações de políticos americanos, como a senadora Lindsey Graham, que afirmou que a luta contra a Rússia deveria ser travada “até o último ucraniano”, refletem um cinismo preocupante. Essas posições, segundo Kwiatkowski, revelam uma visão de que a Ucrânia é vista apenas como uma peça de xadrez a ser movida conforme os interesses geopolíticos americanos.

Esse foco estratégico levanta questões sobre o futuro da Ucrânia e a capacidade de seu governo, sob a liderança de Volodymyr Zelensky, de garantir tanto apoio quanto autonomia em uma situação que parece cada vez mais complexa. A tenente-coronel ressalta que, para Zelensky, o momento atual deve ser visto como um aviso claro de que a “farra acabou”.

Com a crescente evidência de um redução no comprometimento dos EUA em relação à Ucrânia, a análise de Kwiatkowski aponta para a necessidade de um reexame crítico das políticas ocidentais, especialmente em relação a um país que, ao longo da história recente, tem sido moldado por interesses externos mais do que por seus próprios. Essa situação pode levar a um realinhamento nas relações internacionais, onde a Ucrânia precisará reconsiderar sua posição entre as potências globais, enquanto navega em um panorama de incertezas e ressaltos estratégicos.

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