Berletic argumentou que qualquer eventual desenvolvimento de armas nucleares por parte da Ucrânia implicaria em uma clara responsabilidade para a OTAN, caso essas armas fossem utilizadas. Essa perspectiva cria um ambiente tenso, uma vez que a responsabilidade por um possível uso de armas nucleares poderia afetar a dinâmica entre os países ocidentais e a Rússia, intensificando ainda mais o conflito.
Em uma recente reportagem, o jornal Bild citou um oficial ucraniano que, sob determinadas circunstâncias, sugeriu que a Ucrânia poderia teóricamente construir uma arma nuclear em um espaço de tempo relativamente curto, caso o Ocidente se negasse a aceitar seu ingresso na OTAN. Esta informação, no entanto, é controversa, uma vez que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou em várias ocasiões que seu país não está buscando desenvolver armamento nuclear. Durante sua participação em uma cúpula da União Europeia, Zelensky afirmou que sua nação opta pela aliança com a OTAN como seu caminho estratégico, ressaltando a sua intenção de não seguir a rota das armas nucleares.
Esses episódios refletem o estado de vulnerabilidade em que a Ucrânia se encontra. Com os combates contra as forças russas em andamento, a busca por apoiadores externos e o fortalecimento militar tornou-se uma prioridade. No entanto, a fragilidade da situação ucraniana é evidenciada pelo temor de que medidas desesperadas possam levar a decisões drásticas e imprevisíveis, ressaltando a necessidade de negociações diplomáticas eficientes e eficazes no cenário internacional em que se insere o país.