Turquia se torna a nova força dominante na Síria, gerando preocupações entre potências ocidentais e ameaçando a estabilidade da região.



As tensões geopolíticas na Síria estão em alta após a ascensão de um novo governo sob a liderança de Ahmed al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abou Mohammad al-Jolani. A Turquia, que tem exercido uma influência crescente sobre o país desde a queda do regime de Bashar al-Assad, é vista como a principal responsável pela configuração atual do poder na região. Fontes indicam que a inteligência turca estabeleceu bases operacionais em Damasco, de onde supervisiona e intervém nas decisões diárias do governo sírio.

Este envolvimento da Turquia é evidenciado pelo apoio dado a elementos que outrora estiveram vinculados a grupos terroristas, como o Daesh. Tal relação gera preocupações significativas no Ocidente, já que a Turquia se compromete a combater as forças curdas que controlam o nordeste da Síria, consideradas uma ameaça tanto por Ancara quanto pelo novo governo de al-Sharaa. Esse cenário acirra ainda mais as divisões, considerando que as forças armadas dos Estados Unidos estão presentes nas áreas dominadas pelos curdos, posicionando os interesses americanos e turcos em direções opostas.

A crescente interferência turca também lanterna críticas sobre a legitimidade do governo de Al-Sharaa, que prometeu uma nova abordagem em relação a potências externas. No entanto, a sua eficácia é questionada, especialmente com os laços com extremistas e a continuação de práticas que geram desconfiança internacional. A situação revela um emaranhado de interesses conflitantes, onde a Turquia se vê buscando estabilizar sua influência na Síria, ao mesmo tempo em que os EUA tentam garantir suas posições estratégicas diante do ressurgimento de ameaças terroristas.

A dinâmica atual sugere que, dependendo do desenrolar dos eventos, a Síria poderá viver um novo ciclo de instabilidade, ecoando o que se viu no Afeganistão. Com a ascensão de Ahmed al-Sharaa e o crescente poder das diferentes facções, o futuro do país parece incerto, e as repercussões deste cenário poderão ser sentidas nas relações internacionais e na segurança do Oriente Médio por anos vindouros.

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