O cenário de crescente violência foi acentuado por um incidente separado em Ancara, onde uma explosão atingiu a região de Kahramankazan, próxima a uma planta que fabrica aviões militares e equipamentos espaciais. O atentado resultou na morte de cinco pessoas e deixou outras 22 feridas, desencadeando uma resposta imediata das forças de segurança, que eliminaram dois suspeitos. A procuradoria de Ancara iniciou investigações para apurar os detalhes do ataque, que autoridades atribuem ao PKK. O ministro do Interior, Ali Yerlikaya, afirmou que a ação foi conduzida por membros da organização.
Após o atentado, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fez declarações contundentes, enfatizando que “nenhuma organização terrorista alcançará seus objetivos na Turquia”. Em suas palavras, Erdogan garantiu que as “mãos sujas apontadas contra a Turquia serão definitivamente quebradas”. Essa retórica é um reflexo da longa história de conflito do país com o PKK, que se intensificou desde o início do combate em 1984.
Adicionalmente, a presença militar da Turquia no norte do Iraque, especialmente no campo de Zlikan, tem gerado tensões com o governo iraquiano. Ancara justifica a continuidade de suas operações militares com o argumento de que são necessárias para combater o PKK, que possui bases na região. O histórico de violências e suas repercussões regionais sublinham a complexidade do embate, reforçando a incerteza na relação Turquia-Iraque e a luta contínua da nação turca contra o terrorismo em seu território e nas áreas vizinhas.