Durante o evento, Fidan enfatizou a urgência de que Damasco não apenas reconheça, mas atue contra o PKK, apelando para que a administração síria se desembarace do grupo e não deixe essa responsabilidade apenas à Turquia. Ele referiu-se ao PKK como uma grande preocupação para a Turquia e para a estabilidade de toda a região, ressaltando que o grupo curdo não pode ter a permissão para governar uma parte significativa do território sírio. Essas declarações ocorrem em um contexto onde a Turquia e os Estados Unidos discutem a possibilidade de uma colaboração mais estreita para acabar com o apoio americano ao PKK.
Adicionalmente, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan também mencionou a necessidade de uma ação conjunta entre a Turquia e a Síria para combater tanto o PKK quanto o ISIS. Diante disso, a Turquia está reavaliando sua presença militar na Síria, levando em conta os novos desenvolvimentos políticos no país árabe e a ruptura das hostilidades que dominaram a última década.
A tensão entre a Turquia e as forças curdas na Síria se intensificou desde o começo da crise síria em 2011, especialmente com a fundação das Forças Democráticas Sírias (SDF), que, sustentadas militarmente pelos Estados Unidos, declararam uma administração autônoma em regiões sob seu controle. Muitos acreditam que, com a migração do poder no cenário sírio, as SDF já não têm mais justificativas para permanecer em áreas chave da Síria. À medida que o novo governo sírio busca retomar o controle sobre essas regiões, a pressão sobre o PKK e suas filiais tende a aumentar.
Os acontecimentos na Síria permanecem dinâmicos e complexos, exigindo atenção internacional contínua, dada a interconexão entre os conflitos locais e a segurança regional.