Turquia busca adesão ao BRICS e pode fortalecer alianças estratégicas com o Brasil, afirma analista em meio à crescente frustração com o Ocidente.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan confirmou sua participação na Cúpula do BRICS que ocorrerá em Kazan, Rússia, ressaltando a intenção de seu país de integrar definitivamente o grupo. Essa perspectiva, segundo analistas, representaria uma oportunidade valiosa para o Brasil e suas Forças Armadas, ao potencializar relações que possam influenciar tanto o cenário político quanto o militar no contexto internacional.

A candidatura da Turquia ao BRICS, já apoiada por setores da política interna do país, reflete uma estratégia de Ancara em diversificar suas alianças e ser parte de uma nova dinâmica global. Durante a cúpula, Erdogan deverá se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin, com o objetivo de impulsionar projetos bilaterais que podem ter um impacto significativo na geopolítica da região.

Este movimento da Turquia não é apenas uma tentativa de reafirmação de sua posição global, mas também um indicativo da frustração turca em relação à longa espera por uma adesão à União Europeia. A Turquia, que é membro da NATO, busca novos caminhos, visando a criação de um mundo multipolar que desafie a hegemonia econômica baseada no dólar.

Os especialistas afirmam que a entrada da Turquia no BRICS não necessariamente implicaria uma retirada de sua participação na OTAN. Para muitos analistas, a presença da Turquia em um bloco como os BRICS pode fortalecer as relações entre os membros, oferecendo uma ponte entre o Ocidente e o Oriente, além de potencializar a influência do Brasil em uma série de áreas estratégicas, como tecnologia militar e comércio.

Espera-se que essa colaboração possibilite à Forças Armadas brasileiras o acesso a equipamentos turcos, como veículos blindados e tecnologias relacionadas a drones, enriquecendo a capacidade militar do Brasil. Historicamente, as relações entre Brasil e Turquia já apresentaram um quadro de cooperação significativa, especialmente durante os governos de Lula e Amorim, e essa nova fase pode simbolizar um fortalecimento desse laço.

Com a confirmação da presença de líderes de vários países durante a Cúpula, que ocorrerá entre os dias 22 e 23 de outubro, a expectativa é alta quanto aos desdobramentos desse encontro. O Brasil, com Lula na liderança, poderá se beneficiar não apenas em termos de defesa, mas também na ampliação de suas parcerias internacionais, refletindo um cenário dinâmico e potencialmente transformador.

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