Te K’ab Chaak, que ascendeu ao trono em 331 d.C., desempenhou um papel crucial na fundação da dinastia que governou Caracol por mais de 460 anos. Os restos mortais encontrados na sepultura pertencem a um homem de cerca de 1,70 metros de altura. Curiosamente, não há dentes em seu esqueleto, o que leva os especialistas a acreditarem que ele vivenciou uma longa vida. O achado é notável não apenas pela sua antiguidade, mas também pela riqueza dos artefatos funerários que o acompanhavam, indicando a importância do indivíduo na sociedade maia.
A sepultura estava adornada com uma variedade de objetos, como missangas esculpidas de osso, adornos de jadeíte e conchas de moluscos do Pacífico, todos meticulosamente organizados para acompanhar o governante em sua jornada após a morte. Dentre os itens mais extraordinários, destaca-se uma máscara de morte em mosaico jadeítico, extremamente rara em sítios arqueológicos maias e um claro sinal da grandeza e relevância do falecido.
Além da máscara, foram descobertos 11 vasos de cerâmica elaboradamente decorados e policromados, que demonstram a sofisticação das habilidades artísticas da civilização maia. A descoberta é um marco significativo em estudos sobre a cultura maia, pois permite aos historiadores e arqueólogos reconstruir aspectos da vida e rituais funerários desse povo.
À medida que a equipe de arqueólogos continua suas investigações, essa descoberta não apenas ilumina um capítulo vital da história maia, mas também abre portas para futuros estudos sobre as dinastias e práticas culturais que moldaram a Mesoamérica antiga. O impacto da liderança de Te K’ab Chaak e a duração de sua dinastia são evidentes, refletindo a complexidade social e política da civilização maia em Caracol.