Trump, conhecido por suas ações controversas nas redes sociais, mencionou o desejo dos Estados Unidos de retomar o controle do canal, assim como a Groenlândia, e até mesmo transformar o Canadá no 51º estado americano. Esses comentários levaram a interpretações diversas, gerando preocupações sobre a seriedade da situação. Mulino não hesitou em responder, afirmando que “cada metro quadrado” do canal pertence ao Panamá.
Especialistas em geopolítica discutem a relevância do canal, que foi construído com significativa participação americana entre 1904 e 1914, antes de ser devolvido ao Panamá em 1999. O canal tornou-se um símbolo de poder estratégico para os EUA durante o século 20, e sua importância se mantém nos dias atuais. Além das considerações geopolíticas, analistas destacam que as declarações de Trump podem ter um fundo de estratégia econômica, visando reduzir taxas a serem pagas por transportadores americanos e verificando se concorrentes como a China recebem tratamento privilegiado.
Apesar das provocações de Trump, a opinião de especialistas é clara: suas afirmações não têm apoio legal e o controle do canal não pode ser simplesmente reinstituído. As relações entre os EUA e o Panamá, bem como o equilíbrio de poder na região da América Latina, devem ser tratados com cautela, especialmente no contexto de como a China observa e interage nesse cenário. O Canal do Panamá pode, portanto, se tornar um ponto de tensão em uma possível guerra comercial, dependendo de como as potências decidirão abordar suas diferenças.