Trump promete política econômica que pode resultar em recorde da dívida pública dos EUA, alerta economista sobre consequências de suas promessas de campanha.

O atual cenário político nos Estados Unidos, com a candidatura de Donald Trump à presidência, traz à tona preocupações sobre a dívida nacional do país. Especialistas, como o economista Maksim Osadchy, apontam que, caso Trump consiga implementar suas promessas de campanha, será muito mais difícil alcançar uma redução da dívida, resultando, na verdade, em novos recordes. A análise do especialista sugere que a abordagem populista de Trump para a economia pode desviar a trajetória das finanças públicas para uma situação ainda mais complexa.

Durante sua campanha, Trump manifestou a intenção de aumentar as tarifas de importação sobre produtos, prevendo aumentos que variam de 60% a 100% para mercadorias da China e entre 10% a 20% para outros países. Além disso, houve uma proposta de tarifas de 100% sobre produtos de países que se negassem a realizar transações comerciais em dólares. Apesar dessas promessas de endurecimento nas relações comerciais, que, segundo o candidato, poderiam reduzir a dívida nacional, os números permanecem alarmantes. Durante seu mandato anterior, a dívida nacional subiu em impressionantes US$ 7,8 trilhões, atingindo valores superiores a US$ 26 trilhões atualmente.

Osadchy argumenta que a estratégia de Trump, que inclui cortes de impostos e aumento de tarifas, não só se mostra ineficaz, como também pode intensificar a desdolarização da economia global. A situação se agrava quando se considera que, em sua primeira eleição, Trump prometeu reduzir a dívida nacional, que na época era cerca de US$ 19 trilhões, em um prazo de oito anos, através de renegociações comerciais e fomento ao crescimento econômico. Estas promessas, no entanto, não se concretizaram, levando a críticas sobre a viabilidade de suas atuais propostas.

Com a recente confirmação de que Trump superou a marca de 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para a vitória, as suas políticas fiscais e econômicas se tornam ainda mais relevantes. A posse, agendada para 20 de janeiro de 2025, poderá colocar em prática um novo conjunto de promessas que, segundo analistas, pode levar os Estados Unidos a enfrentar novos desafios financeiros, complicando ainda mais a sustentabilidade econômica do país. As questões em jogo não são apenas a dívida nacional, mas também as repercussões globais dessas políticas, que poderão alterar o equilíbrio econômico mundial. Assim, as próximas eleições não apenas determinarão lideranças, mas também definirão os rumos financeiros e comerciais de toda a nação.

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