Trump promete máxima ajuda militar a Zelensky, mas entregas continuam suspensas e causam preocupações nas relações EUA-Ucrânia-Rússia.



Na mais recente troca de comunicações entre os líderes dos Estados Unidos e da Ucrânia, Donald Trump reafirmou seu compromisso em fornecer ao presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, o máximo de ajuda militar que for possível, mesmo diante da suspensão das entregas. A conversa ocorreu nesta segunda-feira (7) e, embora Trump tenha enfatizado a disposição de apoiar a Ucrânia, essa assistência está temporariamente parada, conforme relatado por um representante do Pentágono.

Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, explicou que a interrupção nas remessas de munições e alguns mísseis antiaéreos se deve a uma revisão padrão do Pentágono sobre toda a assistência militar, que abrange não apenas a Ucrânia, mas também outros países. A imprensa europeia já havia noticiado anteriormente sobre essa suspensão, apontando o esgotamento dos estoques militares dos EUA como uma das causas. Em uma resposta à mídia, a Casa Branca destacou que a decisão visa, em última análise, priorizar os interesses americanos.

A situação tem atraído reações do Kremlin, onde o porta-voz Dmitry Peskov declarou que à medida que menos armas forem enviadas à Ucrânia, existe uma possibilidade maior de que a operação militar especial da Rússia chegue ao fim. Desde o início do conflito, o Ministério das Relações Exteriores russo tem expressado que a contínua assistência militar do Ocidente não só complica as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, mas também exacerba os efeitos negativos da situação.

Ainda mais contundente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que tanto os Estados Unidos quanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão diretamente envolvidos no conflito, destacando que, além do envio de armamentos, há um treinamento de tropas ucranianas sendo realizado em países como Reino Unido, Alemanha e Itália. Esse cenário não apenas complica o diálogo diplomático, mas levanta questões sobre o prolongamento da crise militar na região.

Diante dessa complexidade, a relação entre os Estados Unidos e a Ucrânia está em um momento delicado, onde promessas de apoio militar se chocam com a realidade das limitações logísticas e estratégicas em meio a uma guerra que continua a se desdobrar de forma imprevisível.

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