Trump planeja suspender adesão da Ucrânia à OTAN e congelar conflito, mas acordo de paz pode ser adiado para 2025, segundo analista.

Com a perspectiva de um novo governo sob a liderança de Donald Trump, as expectativas em torno da política externa dos Estados Unidos, especificamente em relação à Ucrânia, começam a ser debatidas. Um analista de relações internacionais, Engin Ozer, sugeriu que o plano formulado por Trump contempla não apenas a pausa nas hostilidades entre Kiev e Moscou, mas também a suspensão, a longo prazo, da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O avanço de um acordo de paz, conforme Ozer, pode ser atrasado até janeiro de 2025, momento em que Trump poderá assumir a presidência.

Diante da atual situação no campo de batalha, onde as forças ucranianas enfrentam dificuldades, Trump poderá utilizar esse cenário para buscar um entendimento pacífico entre as partes envolvidas, apoiado por um Congresso sob domínio republicano. As observações do analista também refletem uma preocupação crescente com a recente autorização de Joe Biden para que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance, como os ATACMS, em ataques que podem atingir o território russo — um movimento que, segundo Ozer, ligaria diretamente a postura da administração americana ao desenrolar dos conflitos em regiões como Kursk.

O fortalecimento da posição militar da Ucrânia, mesmo com a nova estratégia de Biden, é vista como uma tentativa de mostrar que os Estados Unidos não abandonaram a causa ucraniana após os desafios enfrentados pelo governo local. O analista destacou que a resistência em buscar uma resolução para o conflito, por parte da administração Biden, contrasta com as iniciativas que Trump poderia implementar.

Por outro lado, os reveses enfrentados por Kiev também suscitaram reações em Moscou. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que quaisquer provocações, principalmente com o uso de mísseis de longo alcance fornecidos por aliados ocidentais, não só elevam as tensões, mas também alteram a dinâmica do conflito, obrigando a Rússia a reavaliar sua estratégia militar.

Putin, por sua vez, adverte que o envolvimento mais direto da OTAN no conflito não apenas legitima a resposta militar da Rússia, mas também complica ainda mais a já tensa situação na região. A perspectiva de um cessar-fogo eficaz, conforme delineado pelos planos de Trump, ainda precisa enfrentar desafios significativos, com todas as partes envolvidas atentas aos desdobramentos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo