O estudo prevê que as perdas econômicas para o Brasil podem ultrapassar R$ 175 bilhões ao longo do tempo, resultando em uma retração de 1,49% no Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o impacto no mercado de trabalho pode ser devastador, com uma previsão de mais de 1,3 milhão de postos de trabalho a serem perdidos. Este cenário não só afeta os trabalhadores, mas também a arrecadação de impostos e o poder de compra das famílias brasileiras.
Se o Brasil decidir retaliar com tarifas recíprocas de 50% sobre as importações americanas, o impacto negativo teria proporções ainda maiores. A queda no PIB poderia chegar a R$ 259 bilhões, o que representaria uma diminuição de 2,21%. Essa medida também resultaria na perda de quase 2 milhões de empregos, uma redução significativa na massa salarial e um impacto negativo na arrecadação fiscal do país.
Os Estados Unidos ocupam a posição de segundo maior destino das exportações brasileiras, logo após a China. Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 40,4 bilhões para os EUA, o que representa 1,8% do PIB nacional. Os produtos mais exportados incluem combustíveis minerais, ferro e aço, máquinas e equipamentos mecânicos, aeronaves e café.
Diante desse cenário, a Fiemg emitiu uma nota enfatizando a necessidade de o governo brasileiro agir de forma assertiva, mas diplomática, na busca por um acordo que evite a implementação da tarifa. A entidade destacou que proteger os empregos e garantir a competitividade das empresas brasileiras é crucial nesse momento crítico.
Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, ressaltou a importância da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, afirmando que ambos os países se beneficiam de um fluxo de comércio ativo e complementar. Ele argumenta que a reciprocidade na imposição de tarifas pode resultar em efeitos inflacionários, afetando ainda mais a economia nacional. A situação demanda atenção e uma estratégia hábil por parte do governo para mitigar os danos potenciais e preservar uma relação comercial saudável.