Trump impõe novas tarifas sobre aço e alumínio, impactando Brasil e principais exportadores da Ásia em meio a crescente pressão econômica global.



Na manhã desta segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025, o impacto das novas tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reverberou de forma negativa em mercados internacionais, especialmente na Ásia. As ações de diversas empresas desse setor sofreram uma queda significativa, provocando uma onda de preocupações sobre as possíveis consequências econômicas dessa decisão.

As tarifas não atingem apenas os Estados Unidos, mas refletem diretamente sobre importantes fornecedores como Brasil, Canadá, México, Coreia do Sul e Vietnã. Somente no Brasil, as exportações desse metal para o mercado americano em 2024 foram expressivas, atingindo 4,08 milhões de toneladas, o que representa 15,5% do total importado pelos EUA, totalizando cerca de US$ 2,99 bilhões. Essa realidade impõe um risco considerável ao setor brasileiro, conforme declarado por Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), que destacou a importância de uma abordagem diplomática para a sustentabilidade dos negócios no longo prazo, mesmo que a maior parte do aço brasileiro tenha como destino a Ásia.

Empresas asiáticas reagiram rapidamente ao anúncio das novas taxas. O Ministério da Indústria da Coreia do Sul convocou uma reunião de emergência para discutir estratégias que possam minimizar o impacto. A Hyundai Steel, uma das grandes fornecedoras do setor, expressou preocupações de que as tarifas poderiam elevar os preços de exportação em até 70%, obrigando a empresa a considerar a possibilidade de abrir uma nova fábrica nos Estados Unidos para evitar perdas.

Além disso, analistas do mercado preveem que a demanda por aço nos EUA vai diminuir devido aos preços mais altos, afetando diretamente setores como o de automóveis e eletrodomésticos. Há uma expectativa de que o aço originalmente destinado ao mercado americano seja redirecionado para outros mercados, mudando o padrão do comércio global do metal.

Enquanto isso, algumas empresas buscam isenções das novas tarifas, e a BlueScope Steel da Austrália viu suas ações subirem, impulsionadas pela expectativa de ganhos com o mercado americano. Com um cenário tão volátil, o desfecho das medidas de Trump poderá moldar o futuro das indústrias de metalurgia não apenas nos EUA, mas nas principais economias exportadoras e na dinâmica comercial global.

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