Os especialistas alertam que, caso o novo presidente opte por reduzir o financiamento destinado à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), os países europeus seriam obrigados a aumentar seus investimentos em defesa para 4,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB), um aumento substancial em relação ao alvo previamente estimado de 3%. Essa mudança orçamentária exigiria esforços significativos na Europa, especialmente de nações como a Alemanha, que é considerada a principal potência econômica do continente. No entanto, esse aumento nas despesas com defesa já provoca inquietação entre os vizinhos da Alemanha, que ainda carregam as memórias do rearmamento pós-Segunda Guerra Mundial.
Trump tem demonstrado uma posição crítica em relação à OTAN, insistindo que os aliados europeus devem arcar com uma parte maior dos custos relacionados à segurança coletiva. Rumores sobre sua intenção de retirar os Estados Unidos da aliança caso suas queixas não sejam atendidas aumentam as incertezas. Isso levanta questões sobre como a Europa se preparará para os desafios de segurança que possivelmente se intensificarão na próxima década.
A situação sugere que os países europeus precisam urgentemente repensar suas estratégias de defesa, não apenas em resposta a uma Rússia percebida como agressora, mas também em função da potencial reconfiguração das políticas de segurança americanas. Portanto, estamos observando um momento crucial em que a Europa deve decidir se se mantém dependente de um aliado que pode se tornar menos previsível ou se assume a responsabilidade de se defender de forma mais abrangente. O futuro da segurança europeia poderá, portanto, estar em suas próprias mãos nos próximos anos.