Trump gera controvérsias em apenas dois meses de governo com políticas de deportação, expansionismo e tarifas que dividem opiniões nos EUA e no exterior.

Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro, Donald Trump não tem se esquivado de polêmicas. Em menos de duas semanas, já foram registrados uma série de medidas e declarações que geraram controvérsias, indicando que seu novo mandato poderá ser tão tumultuado quanto o anterior.

Uma das primeiras ações de Trump foi a implementação de políticas severas de imigração, que incluem a detenção e deportação de imigrantes indocumentados. Inicialmente, sua proposta era deportar milhões, mas as operações têm enfrentado dificuldades, com as detenções caindo drasticamente de 1.100 para menos de 500 por dia. Isso gerou frustração no presidente, que vê a necessidade de intensificar os esforços para atender sua promessa.

Além disso, Trump sugeriu a anexação do Canadá, motivo que alimentou um desentendimento entre ele e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Ele argumenta que o Canadá se beneficia de subsídios americanos, uma alegação que ignora a dinâmica histórica e a diplomacia entre os dois países. Na mesma linha, o presidente americano fez questão de destacar a possibilidade de ocupar o Canal do Panamá, reafirmando um controle que foi perdido em 1999, sob a justificativa de conter a influência chinesa na região.

Outro ponto controverso é o interesse declarado de Trump em comprar a Groenlândia, o que levantou ceticismo em relação às suas motivações reais, ligadas ao acesso a recursos estratégicos no Ártico, especialmente diante do aquecimento global e suas consequências.

As tensões não param por aí. Trump também impôs tarifas pesadas sobre produtos importados do México e do Canadá, acusando esses países de facilitarem a entrada de drogas e imigrantes ilegais. A escalada nas tarifas inclui produtos chineses e até mesmo ameaças contra países do BRICS caso este bloco insistisse em desenvolver uma moeda alternativa ao dólar.

Ademais, o atual presidente se comprometeu a “comprar e possuir” a Faixa de Gaza, uma declaração que provocou reações intensas e classificações de “limpeza étnica” pela comunidade internacional. Essa atitude foi lida como uma tentativa de Trump de transformar o local em um destino turístico luxuoso, algo que despertou ainda mais críticas.

Por fim, Trump também tomou medidas para reverter políticas inclusivas em contratos federais, alegando que o foco deve ser em mérito individual, o que foi questionado por especialistas em direitos civis que alertam sobre a reversão de décadas de avanços em igualdade racial e de gênero. Essas ações, combinadas, apontam para um governo que se propõe a criar uma nova ordem interna e externa, que promete ser tão controversa quanto se esperava.

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