O Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do BRICS, criado em 2014, busca diversificar suas operações e um de seus principais objetivos até 2025 é que 30% dos financiamentos sejam realizados em moedas locais. Essa estratégia busca fortalecer a autonomia financeira dos países membros e estimular novos sistemas de pagamentos locais, o que, segundo Jabbour, é crucial para a expansão do banco além do mero financiamento de empréstimos. Ele observa que a crescente utilização de moedas locais pode reduzir a dependência do dólar, desafiando a hegemonia financeira dos EUA.
Além disso, as recentes declarações de Trump sobre o BRICS indicam um desconforto crescente de Washington em relação ao poder que esse grupo está adquirindo. Jabbour acredita que o futuro dos Estados Unidos pode envolver uma necessidade de negociação com potências emergentes, incluindo a China e a Rússia, além do próprio BRICS. Essa reconfiguração reforça a ideia de um mundo multipolar, onde o Brasil desempenha um papel central como um dos “núcleos duros” do grupo.
O país sediará em 2025 a próxima cúpula do BRICS, o que representa uma oportunidade significativa para estabelecer parcerias e atrair investimentos produtivos. Esse evento também revela a capacidade do Brasil de liderar iniciativas multilaterais, um papel que Jabbour e outros analistas acreditam ser vital para o futuro econômico e político do país. Em resumo, a ascensão do BRICS e a potencial decadência da influência americana podem ser indícios de um novo equilíbrio de poder global, no qual o Brasil está posicionado para se beneficiar.