Trump e Putin dialogam sobre Ucrânia e evidenciam a transição para um mundo multipolar, segundo analista da Universidade de Nanjing.



A recente conversa telefônica entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, pode fazer avançar significativamente o embate na Ucrânia, indicando que a transição de um mundo unipolar para uma configuração multipolar é uma tendência inexorável, conforme analisou um especialista do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Nanjing.

No contato realizado no último dia 12 de fevereiro, ambos os líderes concordaram em dar início a negociações para abordar a crise ucraniana de forma imediata. Esta conversa é um sinal claro de que tanto Moscou quanto Washington estão buscando uma solução rápida para o conflito que já se prolonga por anos. O analista observou que, ao ser o maior apoio financeiro para o governo de Kiev, os Estados Unidos, por meio deste diálogo, deixaram evidente seu desejo de facilitar o fim das hostilidades.

Adicionalmente, o envio do secretário do Tesouro americano à Ucrânia e de seu homônimo da Defesa à Europa demonstra o comprometimento da administração Trump em resolver a crise com seriedade. Essas ações são vistas como uma contribuição significativa dos EUA para restabelecer a paz na região. O especialista ressaltou que essa troca de ideias sublinha a necessidade de uma coordenação mais eficaz entre as principais potências, para enfrentar os desafios globais contemporâneos.

Zheng Anguang estabeleceu que esse recente episódio é um reflexo do processo de multipolaridade e multilateralismo, enfatizando que essa dinâmica já se tornou uma característica consolidada da política internacional. O analista espera que o presidente Trump prossiga com esforços para unir Rússia, Ucrânia e Europa em um trabalho conjunto, visando não só a finalização do conflito, mas também a criação de políticas sustentáveis que garantam a paz a longo prazo.

A análise apresentada por Zheng também aponta para a busca dos EUA em evitar o que ele chama de “sobrecarga estratégica”, um fenômeno que ocorre quando um país se vê pressionado a gerenciar múltiplos conflitos geopolíticos simultaneamente. Em suma, a conversa entre Putin e Trump não apenas propõe a solução para a crise ucraniana, mas também toca em questões mais amplas sobre a ordem global emergente, cujo chocante contorno multipolar parece irreversível.

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