Segundo Cornell, que estava sentada logo atrás do promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, ao ouvir pela quinta vez a palavra “culpado”, Trump começou a balançar a cabeça, como se estivesse em negação, permanecendo sentado ao lado de seus advogados de defesa. A ilustradora descreveu o ex-presidente como alguém que não sabia o que fazer com seus braços ao deixar o tribunal.
A prática de ilustradores acompanharem julgamentos nos Estados Unidos é comum quando a entrada de cinegrafistas e fotógrafos não é permitida nas audiências. Para artistas como Jane Rosenberg, que trabalha no tribunal, a restrição de movimentos é uma realidade difícil de lidar, onde é preciso ter cuidado até mesmo para ir ao banheiro.
Com a condenação de Trump, surge a dúvida sobre a possibilidade de um “autoperdão” caso seja eleito novamente. As acusações estaduais em Nova York e na Geórgia não seriam passíveis de autoperdão, mas em relação às acusações federais, o ex-presidente teria essa prerrogativa, sujeita à decisão da Suprema Corte.
Além disso, a possibilidade de substituição de Trump pelo Partido Republicano é mínima, uma vez que ele garantiu a maioria dos delegados nas primárias. E, caso seja condenado, Trump poderia enfrentar restrições para votar na Flórida, onde está registrado eleitoralmente.
Diante desses desdobramentos, o futuro político de Trump fica ainda mais incerto, com possíveis desafios legais e restrições eleitorais que podem alterar seu curso político.