A ordenação do presidente estabelece um prazo de 30 dias para que o secretário de Estado, Marco Rubio, prepare e apresente um relatório detalhado sobre a designação dos houthis. Após a entrega desse relatório, Rubio terá um adicional de 15 dias para implementar as medidas necessárias relacionadas à nova classificação. Segundo a declaração oficial, a administração alega que as ações dos houthis representam uma ameaça à segurança de civis e funcionários americanos na região do Oriente Médio, assim como aos parceiros regionais dos EUA e à estabilidade das rotas comerciais marítimas globais.
Este movimento por parte da Casa Branca ocorre em um contexto de crescente tensões no Oriente Médio, onde o Iémen se tornou um campo de batalha central não apenas para conflitos internos, mas também para uma complexa luta de poder regional envolvendo a Arábia Saudita e o Irã. Os houthis, que emergiram como uma força significativa no Iémen, têm sido acusados de agir em alinhamento com os interesses iranianos, exacerbando as preocupações dos Estados Unidos e de seus aliados sobre a influência do Irã na região.
A designação dos houthis como uma organização terrorista poderá desencadear novas sanções e limitar as interações internacionais do grupo. Também levanta questões sobre o impacto humanitário dessa decisão, uma vez que o Iémen já está enfrentando uma das piores crises humanitárias do mundo, com milhões de pessoas necessitando de assistência desesperadamente.
Este passo da administração Trump fortalece o discurso de que os EUA estão comprometidos em enfrentar ações que consideram ameaçadoras à paz e segurança internacional, mas também suscita debates sobre as possíveis repercussões e a eficácia de tais designações em conflitos complexos como o do Iémen.