Trump critica apoiadores e classifica caso Epstein como ‘farsa’ em nova polêmica, intensificando atritos com sua base antes das eleições de 2026.

Em um novo embate com seus apoiadores, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, não hesitou em desferir críticas contundentes contra aqueles que insistem em buscar clareza acerca do caso Jeffrey Epstein, uma figura envolta em polêmicas de tráfico humano e abuso sexual de menores. Em uma postagem realizada em sua rede social Truth Social, Trump caracterizou o caso como uma “farsa” inventada pelo Partido Democrata e foi claro ao afirmar que aqueles que ainda acreditam na existência de uma lista de clientes de Epstein são, na verdade, “ex-apoiadores”.

Trump, um mestre em manter sua base fervorosa sob controle, afirmou que “esses fracotes” estão, de certa forma, colaborando com os democratas, desviando a atenção dos sucessos alcançados durante seu mandato. Ele enfatizou que teve um desempenho sem precedentes em seus seis primeiros meses à frente da presidência e expressou frustração em relação ao fato de que seus apoiadores preferem discutir Epstein ao invés de celebrar suas conquistas políticas.

As reações à mensagem de Trump, no entanto, não foram totalmente favoráveis, mesmo dentro de sua própria rede social. Vários usuários questionaram sua credibilidade, lembrando que, durante sua campanha de 2024, ele prometeu tornar públicos os documentos relacionados ao caso, gerando um clima de descontentamento entre eleitores republicanos. Além disso, a crescente insatisfação pode impactar negativamente a performance do Partido Republicano nas próximas eleições de meio de mandato, marcadas para novembro de 2026, que renovarão totalmente a Câmara dos Representantes e um terço do Senado.

O caso de Epstein continua a ser uma fonte de tensão para Trump, especialmente após a morte do bilionário em circunstâncias controversas em 2019, que alimentou diversas teorias da conspiração sobre a proteção de elites políticas e econômicas. Figuras da direita, como membros do governo Trump, já prometeram que, se voltassem ao poder, tornariam pública uma suposta lista de clientes envolvidos em atividades ilícitas associadas a Epstein. Por outro lado, tanto o FBI quanto o Departamento de Justiça dos EUA negaram a existência de tal lista, afirmando que Epstein não tinha o poder de chantagear pessoas influentes.

Os desafios que Trump enfrenta não se limitam apenas ao caso Epstein, mas refletem uma complexa e dinâmica relação com sua base de apoio, que continua a questionar sua liderança e compromisso com promessas anteriores. À medida que os próximos ciclos eleitorais se aproximam, a necessidade de reafirmar seu controle sobre seus apoiadores se tornará cada vez mais crítica.

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