O presidente dos EUA se dirigiu a jornalistas na Casa Branca, afirmando que se a força se tornar necessária, o país não hesitará em usá-la. “Israel estará, obviamente, muito envolvido, será o líder”, disse ele, deixando claro que o aliado regional dos EUA pode desempenhar um papel significativo nessa eventualidade. Essa declaração ocorre em um contexto de crescente tensão no Oriente Médio, onde as relações entre os Estados Unidos e o Irã se deterioraram rapidamente nos últimos anos.
A tensão aumentou ainda mais após o anúncio de uma reunião programada para este sábado em Omã, destinada a negociações indiretas de alto nível entre os dois países. Esta cúpula surge após uma série de ameaças mútuas, com Trump previamente admoestando o Irã de que enfrentaria “bombardeios nunca vistos” caso não conseguisse chegar a um acordo. Por sua vez, o Exército iraniano declarou que está preparado para oferecer uma “resposta dura e decisiva” a qualquer agressão proveniente dos EUA ou de Israel.
Ademais, essa nova escalada de retórica remete a 2018, quando Trump decidiu abandonar unilateralmente o acordo internacional que previa restrições ao programa nuclear iraniano, substituindo-o por uma política de sanções de “pressão máxima”. Este movimento desencadeou um ciclo de tensões que, até o momento, culminou em uma retórica robusta e, agora, na possibilidade de um confronto militar.
Com todos esses fatores em jogo, o cenário no Oriente Médio se mostra cada vez mais volátil, com líderes mundiais observando com cautela os desdobramentos desta crise.