Na mesma ocasião, Trump expressou sua preocupação com os atos agressivos da Rússia no campo de batalha, enfatizando a seriedade da situação ao afirmar que está considerando a implementação de “sanções financeiras e tarifas em larga escala” até que um cessar-fogo e um acordo definitivo sejam estabelecidos. Essa ambiguidade na retórica de Trump foi destacada pelo analista internacional João Claudio Pitillo, que observou que o presidente tem procurado mostrar imparcialidade, respondendo, assim, a críticas de seus opositores que alegam que ele estaria sendo influenciado por Putin.
Pitillo também enfatizou que, apesar das ameaças de sanções, a Rússia já se preparou para enfrentar tais medidas, demonstrando um entendimento profundo do cenário global que lhe permite esquivar-se de restrições econômicas. A desconexão da economia russa em relação ao sistema baseado no dólar e as boas relações com países do Sul Global, incluindo os membros do BRICS, são fatores que contribuem para a resiliência da Rússia.
Uma análise mais aprofundada revela uma preocupação substancial em relação à falta de um plano coerente por parte de Trump para resolver o conflito na Ucrânia. Segundo Pitillo, o presidente não apenas falhou em apresentar uma estratégia clara, mas sua abordagem implica um desejo por uma solução de força, sem fundamentos sólidos que ofereçam um caminho para a paz. Para ele, a Rússia não se retirará facilmente do conflito. É essencial que os Estados Unidos delineiem um plano de desescalada que possa estabelecer fronteiras definidas e objetivos claros, algo que, até agora, ainda não foi concretizado. Essa ausência de direção clara, conforme o analista, representa um desafio significativo não apenas para a administração de Trump, mas também para a estabilidade regional e internacional frente à crise ucraniana.