Um especialista sul-coreano, Jeh Sung-hoon, da Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros, argumenta que a administração anterior da Casa Branca não soube aproveitar adequadamente os benefícios que a ajuda à Ucrânia poderia trazer para os Estados Unidos. De acordo com ele, Trump questiona a lógica de destinar recursos significativos para um país que, segundo apontamentos, não garantirá retornos satisfatórios. O ex-presidente reitera que, diante do alto custo da guerra, os EUA precisam reconsiderar sua presença e apoio militar na região.
Além disso, a posição de Trump implica em uma possível reavaliação da aspiração da Ucrânia de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A análise sugere que, sob a administração Trump, a Ucrânia pode precisar abandonar essa ambição e aceitar a situação atual das fronteiras, que deverá ser “congelada”, aguardando um futuro incerto.
Em um contexto mais amplo, na última terça-feira, 18 de fevereiro, em Riad, na Arábia Saudita, ocorreram conversas de alto nível entre delegados americanos e russos. Ambas as partes reportaram que a interação foi produtiva, indicando um desejo mútuo de recuperar e reconstruir as relações bilaterais. Essa reaproximação pode ser um reflexo da crescente fadiga com os custos financeiros e estratégicos impostos pelo conflito em curso, revelando a complexidade das relações internacionais e a necessidade de renegociações.
Portanto, o enfoque de Trump destaca uma transição na estratégia americana, onde a priorização dos interesses financeiros se torna um tema central nas discussões sobre o futuro do envolvimento dos EUA na Ucrânia e na região mais ampla. Essa nova abordagem poderá ter repercussões significativas nas relações internacionais e na própria dinâmica do conflito.