De acordo com as informações divulgadas, o país deixará de contribuir financeiramente para a OMS e interromperá todas as formas de apoio à instituição. Trump justificou a saída alegando que a OMS exige pagamentos injustos dos Estados Unidos, reclamando também que a China paga menos e ainda apontou a suposta má gestão da pandemia de Covid-19 pela organização como motivo para a decisão.
Especialistas e autoridades de saúde pública de diversos países têm expressado preocupação com a saída dos EUA da OMS. Romulo Paes, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e pesquisador da Fiocruz, ressaltou que a posição negacionista de Trump ameaça a todos e que o mundo se tornará mais vulnerável diante de futuras pandemias e emergências de saúde.
Além disso, a virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), classificou a decisão de Trump como ignorante e lamentável. Ela ressaltou que a saída de qualquer nação da OMS desequilibra o papel da organização, que atua de forma global na proteção da saúde e segurança das pessoas.
Os Estados Unidos foram um dos membros fundadores da OMS em 1948 e, desde então, têm sido peça fundamental na atuação e governança da agência da ONU. A OMS lamentou a decisão de Trump e expressou esperança de que a ação seja reconsiderada.
Em meio a essa controvérsia global, resta agora aguardar os desdobramentos e as reações das agências de saúde, governadores dos EUA e demais blocos políticos do mundo diante da decisão de Trump de retirar o país da OMS. A comunidade internacional acompanha com atenção os próximos passos e aguarda o desfecho desse capítulo que tem impacto direto na saúde e segurança de milhões de pessoas ao redor do mundo.