Trump Anuncia Investimento Bilionário em Inteligência Artificial e Ignora Regulações da União Europeia



Em um movimento que sinaliza uma mudança significativa na abordagem dos Estados Unidos em relação à inteligência artificial, o presidente Donald Trump anunciou, no dia 21 de janeiro, a criação da empresa Stargate. Com um investimento monumental de US$ 500 bilhões, aproximadamente R$ 3 trilhões, a nova empresa tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento da IA nos próximos quatro anos. O projeto será desenvolvido em parceria com gigantes da tecnologia como SoftBank, OpenAI, Oracle e MGX, e contará com um aporte inicial de US$ 100 bilhões, cerca de R$ 600 milhões, proveniente do governo federal.

Durante a coletiva de imprensa realizada na Casa Branca, Trump descreveu o Stargate como “uma declaração retumbante” de confiança no potencial tecnológico dos Estados Unidos. Ele enfatizou que o foco inicial da empresa será estabelecer infraestruturas tanto físicas quanto virtuais, o que inclui a construção de enormes centros de dados. Larry Ellison, cofundador da Oracle, anunciou que a sede da nova empresa estará localizada no Texas, onde as obras de infraestrutura já estão em andamento.

Esse anúncio ocorre em um contexto mais amplo, onde Trump também revogou ordens executivas de seu predecessor, Joe Biden, que limitavam alguns aspectos do desenvolvimento da inteligência artificial e exigiam investigações sobre seus riscos potenciais. Esse movimento não só altera a dinâmica do investimento em tecnologia nos EUA, mas também marca um distanciamento das regulamentações mais rígidas que estão sendo adotadas pela União Europeia, que promulgou uma nova legislação em 2024 para regular o uso da IA, com previsão de entrada em vigor em 2026.

Enquanto alguns na indústria de tecnologia criticam as limitações impostas por Biden, argumentando que essas restrições inibem a inovação, analistas observam que esse movimento de Trump pode ser uma resposta a preocupações mais amplas sobre a competitividade global. A crescente proeminência da China no campo da IA e robótica tem gerado inquietação nos EUA, o que inclui medidas como a tentativa de banir aplicativos como o TikTok. Os defensores da regulamentação, por outro lado, argumentam que as restrições são necessárias por razões de segurança nacional e para mitigar os impactos sociais e ambientais do uso da tecnologia.

Dessa forma, as recentes decisões de Trump não apenas remodelam a paisagem do desenvolvimento da IA nos Estados Unidos, como também colocam a nação em oposição direta às normas que estão sendo estabelecidas na Europa, acentuando a guerra tecnológica em curso entre as duas potências.

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