O presidente americano expressou disposição para colaborar com os chineses, citando a importância das universidades dos EUA para estudantes chineses, um ponto que ele considera de grande relevância. Além disso, ressaltou que, no contexto das tarifas comerciais, os Estados Unidos estariam recebendo 55% enquanto a China seria responsável por uma alíquota de apenas 10%. Essa disparidade evidencia as tensões comerciais que marcam a relação entre os dois países.
Trump não hesitou em caracterizar a China como uma nação difícil de negociar, enfatizando que os chineses têm se beneficiado em demasia nas interações comerciais anteriores. A crítica à postura negociadora da China reflete a visão de Trump de que o país se aproveita da postura dos negociadores americanos, que segundo ele, têm sido demasiado complacentes.
As conversações recentes ocorreram em Genebra, onde representantes de alto escalão dos dois países se reuniram nos dias 10 e 11 de maio. Nessa ocasião, as partes conseguiram formular um acordo preliminar, que se propõe a reduzir tarifas comerciais recíprocas por um período de 90 dias. A redução de tarifas, um ponto central nas coletivas de imprensa e em declarações oficiais, indicou avanços, mas também a necessidade de continuidade nas negociações.
De acordo com o planejamento discutido, Pequim deverá impor uma tarifa de 10% sobre importações dos EUA, enquanto Washington aplicará 30% nas mercadorias chinesas. A expectativa em torno do acordo é alta, mas o cenário ainda permanece incerto, dado o histórico de mutáveis negociações e desavenças que caracterizam as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.