O cenário internacional está em ebulição. A vitória de Trump, marcada pelo apoio explícito de figuras como o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que descreveu o retorno do ex-presidente como “o maior retorno da história”, sugere que Israel poderá encontrar um ambiente mais amigável para suas ações no Oriente Médio. Desde as operações militares na Faixa de Gaza até esforços para conter o programa nuclear do Irã, espera-se que a política externa de Trump forneça um suporte significativo a Tel Aviv, especialmente frente a tensões anteriores com a administração Biden.
Por outro lado, a Ucrânia, que tem recebido considerável apoio militar e financeiro dos EUA desde o início do conflito com a Rússia, está observando com atenção. O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, diante da vitória de Trump, começa a recalibrar sua abordagem nas negociações de paz. Especialistas apontam que a retórica de Kiev já se transforma, sinalizando uma aceitação de que diálogos com Moscou podem se tornar uma realidade necessária. A vice-diretora do Centro da Eurásia do Conselho Atlântico destacou que a mudança na liderança dos EUA poderia influenciar a vontade da Ucrânia em dialogar, um desdobramento que poderia modificar drasticamente o cenário do conflito.
A situação atual permite a Netanyahu e a Israel explorar uma maior liberdade de ação, aos olhos de um Trump que se mostrou cauteloso em relação à agressividade de Teerã em sua última administração. Essa mudança de tom nas relações pode gerar um novo ambiente onde alianças regionais se reformulem rapidamentem, deixando muitos líderes a se adaptarem rapidamente a uma nova era em Washington.
Em resumo, a vitória de Trump não traz apenas mudanças para os Estados Unidos, mas reverbera em várias partes do mundo, requerendo que líderes se ajustem em tempo recorde à nova realidade política e diplomática que se avizinha. O mundo observa de perto os próximos passos do ex-presidente e as reações que se desdobrarão nas políticas internacionais.