Trump ameaça Panamá e Dinamarca em discurso, revelando planos para garantir poder tecnológico e geopolítico dos EUA, alerta analista da UNAM.



Em um discurso contundente realizado em Mar-a-Lago no último dia 7, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, trouxe à tona a possibilidade de uma ação militar para apropriar-se da Groenlândia e do Canal do Panamá. Essas declarações. segundo Trump, visam proteger os interesses econômicos dos EUA em um cenário global cada vez mais complexo. As menções à Groenlândia, uma vasta região geográfica rica em recursos, e ao Canal do Panamá, um ponto estratégico de passagem marítima, revelam um enfoque agressivo e determinante na política externa do futuro governo.

Trump ainda não se esquivou em sugerir mudanças simbólicas, como a renomeação do golfo do México para golfo da América, e anunciou a intenção de impor tarifas sobre o comércio com o Canadá e o México. Essas declarações têm gerado uma onda de reações e análises a respeito de sua real intenção. Para alguns, os comentários são vistos apenas como bravatas, enquanto para outros, são ameaças sérias que devem ser consideradas.

Carlos Manuel López Alvarado, um especialista em assuntos internacionais da UNAM, enfatiza que o discurso de Trump não deve ser ignorado. Segundo ele, a insistência do presidente eleito na apropriação de esses territórios é parte de um plano mais amplo voltado para a defesa da hegemonia dos Estados Unidos frente a um mundo cada vez mais multipolar, onde a China, em particular, é vista como uma concorrente significativa. Apesar das alegações de Trump de que o canal estaria sob controle chinês, a afirmação carece de fundamento e serve mais como um artifício retórico.

Além disso, López destaca a preocupação que essas declarações devem causar entre os aliados dos EUA, como a Dinamarca e o Panamá. Até mesmo países tradicionalmente parceiros estão sob a ameaça de uma retórica belicosa para alcançar os objetivos traçados por Trump. Porém, o analista ressalta que, apesar de sua postura agressiva, ainda não acredita que Trump se arriscaria a utilizar a força militar contra nações como a Dinamarca ou o Panamá. Para ele, essas ameaças se inserem em uma estratégia característica de Trump, que busca se posicionar de forma vantajosa nas negociações internacionais.

Em suma, o discurso de Trump sinaliza um retorno a uma abordagem mais unilateral e assertiva na política externa dos EUA, que poderá redefinir alianças e rivalidades na geopolítica atual. O mundo aguarda ansiosamente as próximas etapas dessa narrativa em construção.

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