Trump ameaça países do Brics que adotarem moeda própria: “Tarifas de 100% para quem não usar dólar nas negociações”



O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recentemente se posicionou de forma enérgica contra a criação de uma moeda própria do bloco econômico Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O político americano ameaçou os países que aderirem à moeda ou negociarem sem usar o dólar com a imposição de “tarifas de 100%” em trocas comerciais com os EUA.

Em uma publicação nas redes sociais, Trump deixou claro que não está disposto a permitir que o dólar americano seja substituído no comércio internacional pelo possível novo sistema de pagamento proposto pelo Brics. O presidente dos Estados Unidos alertou que qualquer país que tente adotar a nova moeda do bloco enfrentará consequências econômicas severas, sendo obrigado a desistir de negociações comerciais com a América.

Essa postura de Trump surge em meio às discussões iniciadas durante a 16ª Cúpula do Brics, realizada em outubro, quando a presidência do bloco foi assumida pelo Brasil. Durante o evento, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, destacou que uma das prioridades da presidência brasileira no Brics será a adoção de um sistema de pagamento próprio para transações comerciais entre os países membros, visando diminuir a dependência do dólar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem sido um forte defensor do fim da dependência do dólar, já havia defendido a adoção de uma moeda comum dentro do Brics em diversas ocasiões. Em julho e agosto, durante cúpulas regionais, Lula reiterou a importância de buscar alternativas ao domínio do dólar nas transações comerciais internacionais.

Diante desse cenário de confronto entre os Estados Unidos e os países do Brics, o futuro das relações comerciais internacionais e a possível transformação do sistema financeiro global estarão em jogo. A postura de Trump, marcada pela defesa intransigente do dólar como moeda predominante no comércio mundial, evidencia a intensificação das disputas geopolíticas e econômicas entre as potências mundiais.

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