Segundo Trump, caso as empresas não estabeleçam suas fábricas nos EUA, a tarifa de 25% poderá ser aplicada ainda este ano, especificamente no final de junho. “Se construírem suas fábricas aqui, não haverá tarifas”, afirmou. Essa é uma manobra estratégica por parte da administração Trump, que busca não apenas proteger a indústria doméstica, mas também recriar empregos que foram transferidos para o exterior.
O presidente mencionou um acordo anterior com Tim Cook, CEO da Apple, e expressou desapontamento por Cook ter indicado planos de expandir a produção na Índia. “Não tenho problema com você ir para a Índia, mas a venda nos EUA não pode ser feita sem tarifas”, disse Trump, relembrando a necessidade de alinhar a fabricação com as políticas econômicas nacionais.
O cenário atual revela uma crescente tensão entre os gigantes da tecnologia e o governo americano. Recentemente, Tim Cook afirmou que a maioria dos iPhones vendidos nos Estados Unidos em breve será produzida na Índia. Esta movimentação levou à urgência de entregas aéreas dos produtos da Apple para evitar tarifas mais altas já introduzidas, como a de 10% implementada previamente pela administração Trump.
As declarações de Trump refletem um esforço contínuo para reafirmar o poder industrial dos Estados Unidos, insistindo que as companhias multinacionais devem favorecer a produção local em vez de terceirizarem seus processos para economias emergentes. Ao mesmo tempo, essa postura pode ser vista como uma tentativa de estimular um debate mais amplo sobre a independência econômica e a soberania industrial norte-americana, enquanto as empresas ponderam os custos e benefícios de suas cadeias de suprimento globais.
Este assunto coloca os consumidores em uma posição desconfortável, já que poderiam ter que arcar com os custos mais altos que a tarifa acarretaria em produtos populares como iPhones e dispositivos Samsung. A resposta do mercado e a maneira como as empresas reagirão a essa pressão política se tornarão temas a serem observados nos próximos meses.