Trump mencionou que as negociações buscam, simultaneamente, recuperar e trocar partes dos territórios envolvidos na disputa. “Estes são locais que foram alvo de intensos conflitos e as trocas podem ser vantajosas para ambas as partes”, afirmou. O raciocínio do ex-presidente sugere uma abordagem pragmática, buscando uma solução que possa trazer alívio humanitário e a estabilidade desejada na região.
Na terça-feira anterior à coletiva, o presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu em Moscou com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff. Trump descreveu essa reunião como “muito produtiva”, indicando que houve avanços significativos que poderiam pavimentar o caminho para um cessar-fogo na Ucrânia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, comentou que, após o encontro, Washington formou uma visão mais clara das condições que Moscou impõe para a continuidade das tratativas.
Durante a mesma conferência, Trump discutiu as relações entre Armênia e Azerbaijão, destacando uma nova declaração que garantirá acesso do Azerbaijão ao seu exclave de Nakhichevan, sem comprometer a soberania armênia. O ex-presidente afirmou que isso é um passo importante para a paz na região, que historicamente enfrenta disputas territoriais. Ele também mencionou um novo esforço de parceria entre a Armênia e os Estados Unidos, relacionado ao desenvolvimento do Corredor de Zangezur, que poderá se estender por até 99 anos.
As declarações de Trump não apenas ressaltam a necessidade urgente de abordar as tensões no leste europeu, mas também apontam para uma possível reconfiguração geopolítica na área, onde interesses históricos, econômicos e estratégicos se entrelaçam de maneira complexa. O desfecho das negociações entre os dois países pode, assim, ser mais impactante do que se imagina, sendo um fator crucial no futuro das relações internacionais.