A decisão do TSJ refereendou o resultado das eleições anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou a vitória de Maduro na ocasião. A oposição contestou essa decisão, argumentando que a soberania reside no povo e questionando a falta de independência e imparcialidade das instituições envolvidas no processo eleitoral.
O TSJ alegou ter realizado uma auditoria nas atas eleitorais a pedido de Maduro, após contestações da oposição, da ONU e de diversos governos. No entanto, as atas ainda não foram divulgadas, e todo o material eleitoral ficará sob controle do Tribunal Supremo.
Além disso, o TSJ anunciou sanções ao candidato oposicionista Edmundo González, alegando que ele desacatou a Justiça ao não comparecer a audiências convocadas pelo tribunal. A oposição, por sua vez, denunciou um ataque cibernético ao sistema de votação da Justiça eleitoral, que teria atrasado a divulgação das atas eleitorais.
Essa situação tem gerado repercussão internacional. Ex-chefes de Estado, incluindo Álvaro Uribe, Guillermo Lasso e Maurício Macri, enviaram uma carta a Biden criticando a postura de Maduro e pedindo pressão sobre o governo venezuelano. A OEA e um grupo de 21 países também estão exigindo a divulgação das atas eleitorais.
Diante desse cenário de incertezas e contestações, a Venezuela enfrenta uma crise política e institucional que coloca em xeque a legitimidade do processo eleitoral e a manutenção do poder de Nicolás Maduro. A oposição e a comunidade internacional estão de olho nos desdobramentos desse caso, que pode ter impactos significativos na estabilidade política do país.