Três policiais assassinados em emboscada no sul do Chile durante aniversário da instituição policial, presidente decreta luto oficial.

Três policiais foram brutalmente assassinados na madrugada deste sábado, em uma região mapuche no sul do Chile, em um trágico atentado que chocou o país. Os corpos dos policiais foram encontrados carbonizados dentro de uma viatura em uma estrada no município de Cañete, próximo à cidade de Concepción, a quase 500 km ao sul de Santiago.

O presidente Gabriel Boric expressou sua consternação com o ocorrido, anunciando o ataque em suas redes sociais e viajando imediatamente para a região com uma grande comitiva de autoridades. O ataque aconteceu exatamente no dia em que o Chile comemorava o aniversário da instituição policial, tornando a tragédia ainda mais impactante.

A região onde os corpos foram encontrados já estava sob proteção militar devido aos recorrentes incêndios criminosos que têm assolado a área, geralmente atribuídos a grupos radicais mapuches. O maior grupo étnico chileno, os mapuches têm exigido a restituição de terras ancestrais, o que tem gerado conflitos constantes na região.

O líder da Coordenação Arauco-Malleco (CAM), Héctor Llaitul, um dos responsáveis pelos ataques incendiários na região, foi recentemente declarado culpado de diversos crimes, podendo enfrentar uma pena de até 25 anos de prisão. A ministra do Interior e Segurança, Carolina Toá, ressaltou a crueldade do ataque, revelando que os corpos dos policiais foram encontrados carbonizados pelos bombeiros que atenderam a ocorrência.

O presidente dos Carabineiros, Ricardo Yañez, também se pronunciou sobre o acontecimento, destacando a falta de registro na história da instituição de uma tragédia tão grande no dia do aniversário da corporação. Os eventos de comemoração foram cancelados em respeito aos policiais falecidos, enquanto o país foi declarado em luto oficial por três dias.

Boric enfatizou que não haverá impunidade para os responsáveis pelo terrível crime e classificou os autores como “terroristas”. Em um gesto de união institucional, lideranças do Exército, Aeronáutica e Marinha, bem como parlamentares e representantes da Suprema Corte, acompanharam o presidente em sua visita à região afetada.

O presidente já havia decretado a militarização da província de Arauco há cerca de dois anos, juntamente com outras cidades da região vizinha de Araucanía, como forma de conter os ataques incendiários e desmantelar grupos criminosos envolvidos no roubo de madeira. A tensão entre as comunidades mapuches e as autoridades chilenas persiste, com a busca por uma solução pacífica para os conflitos ainda em andamento. A nação chilena se mantém em luto diante dessa tragédia que abalou a todos.

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