TRE-SP anula inelegibilidade de Pablo Marçal, restabelecendo seus direitos políticos após acusações de abuso de poder em eleições municipais de 2024.

Na quinta-feira (6), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) tomou uma decisão significativa ao acolher o recurso do coach Pablo Marçal, do PRTB, resultando na anulação da condenação que o tornava inelegível por um período de oito anos. Essa reviravolta permite que Marçal volte a ter plena capacidade de participar do processo eleitoral, após as acusações que pesavam sobre ele, envolvendo abuso de poder econômico e político durante as eleições municipais de 2024 na capital paulista.

O caso ganhou contornos jurídicos complexos em fevereiro, quando o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, havia declarado Marçal culpado por uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de recursos. Tal posicionamento se fundamentou em ações apresentadas pelo PSB, representado por Tabata Amaral, e pela coligação de Guilherme Boulos (PSOL). Os documentos do processo indicavam que Marçal teria proposto apoio político a candidatos a vereador em troca de doações de R$ 5 mil para sua própria campanha, uma conduta severamente criticada pelo magistrado.

Entretanto, durante a análise do recurso, o desembargador relator, Lagroiva, considerou que as evidências apresentadas não sustentavam a condenação original. Ele ressaltou que a prova principal, um vídeo que continha conteúdo considerado ilícito, era insuficiente por si só para justificar a decisão anterior. O magistrado argumentou que havia uma carência de provas que evidenciassem a extensão da divulgação do referido vídeo e que determinassem um impacto significativo no equilíbrio da disputa eleitoral.

Com essa nova decisão, Pablo Marçal recupera seus direitos políticos e fica apto a se candidatar em futuras eleições. Esse desfecho não apenas reacende sua trajetória política, mas também levanta questões importantes sobre a influência das redes sociais e os limites da prática política no atual cenário eleitoral brasileiro. O episódio instiga um debate mais amplo sobre a utilização da influência digital nas campanhas e os desafios enfrentados pela justiça eleitoral em um ambiente tão dinâmico.

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