Os argumentos apresentados na acusação contra Moro envolvem o somatório dos gastos da pré-campanha do ex-juiz à Presidência e ao Senado. O relator, no entanto, argumenta que essa conta não seria suficiente para concluir que houve abuso de poder econômico, destacando a ausência de legislação no período da pré-campanha. Por outro lado, Sade defende que houve abuso, elencando cinco premissas para embasar sua posição.
A sessão desta segunda-feira é a última reservada para o caso no TRE-PR. Após o julgamento dos demais desembargadores, o destino político de Moro estará nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já que uma eventual cassação ainda precisaria ser referendada pelo órgão superior. Caso seja condenado, Moro poderá ficar inelegível por oito anos.
O desfecho do julgamento no Paraná também abrirá caminho para possíveis recursos tanto no TSE quanto no Supremo Tribunal Federal (STF). A cassação do mandato do ex-deputado federal Deltan Dallagnol pelo TSE no ano passado serve como exemplo de como a Justiça Eleitoral pode ser determinante na vida política dos acusados.
O caso de Moro gerou grande repercussão e polarização na opinião pública. A disputa jurídica em torno da sua permanência ou não no cargo de senador tem mobilizado diversos setores da sociedade e promete continuar sendo um tema central nos debates políticos do país. A decisão final sobre o futuro de Moro como parlamentar está cada vez mais próxima e será aguardada com expectativa pela população brasileira.