O processo que levou a essa condenação investiga um suposto desvio de verbas durante a administração de Crivella na Prefeitura do Rio de Janeiro. Os detalhes do esquema envolveram práticas ilegais destinadas a garantir vantagens financeiras ilícitas a pessoas ligadas à gestão municipal. A decisão do TRE enfatizou a gravidade das infrações cometidas, com os juízes votando de forma unânime pela manutenção da sentença de primeira instância que já havia declarado a inelegibilidade de Crivella e Alves.
Esse não é o primeiro revés judicial enfrentado por Crivella. No ano anterior, o TRE já havia cassado seus direitos políticos em um outro caso, denominado “Guardiões do Crivella”. Nesse processo, ele foi acusado de contratar servidores para atuar em unidades de saúde com a função específica de impedir críticas à sua administração. Tais ações reafirmam um padrão de comportamento que as autoridades têm encarado como uma séria violação das normas éticas que regem o serviço público.
Crivella, que já enfrentou a prisão em 2020, quando foi detido apenas nove dias antes do fim de seu mandato como prefeito, foi inicialmente acusado de liderar uma organização criminosa, com Rafael Alves atuando como seu principal aliado. Após passar uma noite na prisão, Crivella conseguiu a liberação através de uma liminar que lhe permitiu cumprir a pena em regime domiciliar, sendo posteriormente beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal que revogou a prisão.
Com essa nova decisão, as perspectivas políticas de Marcelo Crivella se tornam ainda mais incertas, refletindo as tensões e desafios enfrentados pela política carioca em meio a um clima de crescente vigilância sobre as práticas de corrupção.
