De acordo com os relatos, Juliana perdeu o controle e deslizou por um penhasco, a cerca de 300 metros do ponto onde seu grupo estava. As notícias preliminares indicavam que ela teria recebido auxílio após a queda, mas a família desmentiu essas informações, afirmando que a jovem aguardava por socorro durante quatro dias. A família, por meio de suas redes sociais, informou que as tentativas de resgate foram interrompidas devido a condições climáticas desfavoráveis, complicando ainda mais a operação.
A operação de busca, que contou com a ajuda de cerca de 48 pessoas, foi um desafio em virtude do terreno acidentado e da baixa visibilidade na área. Técnicas de salvamento vertical foram utilizadas, mas o resgate por helicóptero se mostrou inviável devido ao nevoeiro denso que cobria a região. As equipes de socorro descreveram a atividade de trilha no Monte Rinjani como um esporte de turismo extremo, ressaltando a necessidade de se respeitar os limites do que a natureza pode oferecer, especialmente em situações de acidentes.
Na manhã de quarta-feira, 25 de junho, Juliana foi encontrada sem vida a uma profundidade de aproximadamente 600 metros. A Defesa Civil indonésia coordenou as buscas e informou que um voluntário foi o responsável por localizá-la. Uma maca foi utilizada para transportar o corpo até um ponto onde um helicóptero poderia realizar a evacuação. Após esse procedimento, o corpo seguiria para o hospital Bayangkara para o cumprimento das formalidades legais.
Juliana Marins, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, era publicitária e possuía uma vida rica em experiências de viagens, que compartilhava com seus mais de 20 mil seguidores nas redes sociais. Formada em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ela havia trabalhado em renomadas empresas do Grupo Globo. Além de sua carreira, era uma talentosa dançarina de pole dance, frequentemente exibindo seus feitos artísticos em suas plataformas digitais.
O trágico incidente levanta uma questão importante sobre a crescente ocorrência de acidentes em trilhas do Monte Rinjani, cujos números têm aumentado anualmente. O parque nacional registrou uma duplicação das ocorrências de acidentes em 2024 em comparação a 2023, evidenciando a necessidade de maior conscientização e cuidado em atividades de turismo de aventura.