A máquina de perfuração utilizada na operação quebrou na noite de sexta-feira ao passar por escombros, pedras e metal, forçando as equipes de resgate a trabalhar manualmente para remover os destroços na esperança de chegar aos trabalhadores retidos, mas toda a operação foi interrompida. Essa é a segunda vez que as atividades de resgate são suspensas, a primeira vez foi no último dia 18, devido ao temor de um novo colapso da infraestrutura.
Arnold Dix, um especialista que auxilia a equipe de resgate, afirmou que não está claro quando a perfuração será reiniciada. Ele também mencionou que será necessário substituir todo o maquinário para reiniciar a escavação, mas não especificou quanto tempo esse processo levaria. “A máquina está quebrada. É irreparável. A montanha mais uma vez resistiu à broca (máquina)”, disse ele aos repórteres.
Os trabalhadores estão presos desde 12 de novembro, quando um deslizamento de terra fez com que uma parte do túnel de 4,5 quilômetros que estavam construindo desabasse cerca de 200 metros da entrada. A topografia montanhosa da área tem se mostrado um desafio para a máquina de perfuração, que já havia quebrado duas vezes quando as equipes de resgate tentavam cavar horizontalmente em direção aos trabalhadores presos.
Até o momento, cerca de 46 metros de tubulação foram instalados, e uma nova máquina de perfuração usada para escavar verticalmente foi trazida ao local no último sábado. Essa escavação vertical é vista como um plano alternativo para chegar aos trabalhadores, mas as equipes terão que cavar 103 metros para alcançar as vítimas, quase o dobro da distância do poço horizontal.
Enquanto isso, as autoridades forneceram aos trabalhadores presos refeições quentes feitas de arroz e lentilhas, depois que as vítimas sobreviveram dias com comida seca enviada através de um cano mais estreito. O oxigênio está sendo fornecido através de um tubo separado, e mais de uma dúzia de médicos, incluindo psiquiatras, estiveram no local monitorando as vítimas.
A situação tem deixado as famílias dos trabalhadores presos em agonia. Muitos parentes viajaram para a região para obter atualizações sobre o resgate e na esperança de ver seus entes queridos em breve. Enquanto isso, críticos alertam que o projeto de construção dessa estrada para as estações de Chardham, planejada como parte de uma rota de peregrinação hindu, tende a agravar as condições de fragilidade no alto Himalaia.
Espera-se que as equipes de resgate continuem seus esforços para resgatar os trabalhadores presos, mas a incerteza paira sobre o sucesso das operações, diante das dificuldades técnicas e das adversidades geográficas. Enquanto isso, o mundo espera angustiado por notícias positivas e pelo resgate bem-sucedido desses 41 trabalhadores presos nas entranhas da cordilheira do Himalaia.
