De acordo com os dados, os trabalhadores autônomos passam, em média, 45,3 horas por semana em suas atividades profissionais, enquanto os empregados dedicam cerca de 39,1 horas semanais. Já os patrões trabalham, em média, 37,5 horas por semana. Esses números refletem a realidade do mercado de trabalho no país, onde a população ocupada no último trimestre de 2024 era de 103,8 milhões de pessoas.
O IBGE classifica como trabalhador por conta própria aquele que atua explorando seu próprio empreendimento, seja sozinho ou em parceria, sem possuir empregados, contando ou não com o auxílio de trabalhadores não remunerados da mesma unidade domiciliar. Esse perfil de trabalhador representa 25,1% da população ocupada, enquanto os empregados correspondem a 69,5%.
Apesar de trabalharem mais horas, os trabalhadores autônomos são os que recebem o menor rendimento, com uma média mensal de R$ 2.682 no último trimestre de 2024, enquanto o rendimento médio mensal do brasileiro foi de R$ 3.215. Já os empregados tiveram um salário médio de R$ 3.105, e os empregadores lideram a lista com um rendimento de R$ 8.240.
É interessante observar que, apesar de São Paulo ser o estado com o maior número de trabalhadores por conta própria, com uma média de 46,9 horas semanais de trabalho, são os trabalhadores de Santa Catarina que mais se destacam em termos de horas de trabalho entre os empregadores, com uma média de 40,4 horas semanais.
A pesquisa do IBGE também revela que o desemprego no país atingiu o menor índice da série histórica em 14 estados, e que o salário médio do trabalhador superou a média nacional em oito estados e no Distrito Federal. Além disso, o desemprego e a informalidade afetam de forma mais intensa a população preta e parda em comparação com a população branca.