Um exemplo desses trabalhadores é Or Shoval, CEO de uma startup de tecnologia israelense, que estava de férias quando recebeu a notícia do ataque do Hamas a Israel. Apesar de estar em uma cidade egípcia à beira-mar, Shoval imediatamente se preparou para retornar ao seu país e enfrentar a situação de crise. Mesmo envolvido no conflito, Shoval continuou trabalhando para atender a clientes de sua empresa fora de Israel.
No entanto, nem todos os trabalhadores do setor de tecnologia apoiam a guerra de Israel contra o Hamas. Recentemente, uma coalizão de funcionários da Amazon e do Google pediu que suas empresas interrompessem a venda de tecnologia para Israel através do Projeto Nimbus, uma parceria de computação em nuvem. Esses funcionários afirmam que suas empresas são “cúmplices dessa devastação” e pedem que elas se comprometam com a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.
A convocação dos reservistas israelenses para a luta contra o Hamas é uma realidade para muitos. A maioria dos israelenses é obrigada a cumprir o serviço militar após o ensino médio e muitos permanecem na reserva. Estes reservistas, incluindo trabalhadores do setor de tecnologia, podem ser chamados para a linha de frente em momentos de conflito.
O impacto dessa convocação na economia de Israel ainda é incerto. Com a possibilidade de uma busca terrestre em Gaza pelos reféns israelenses, é esperado que os reservistas fiquem longe de seus empregos por um período significativo de tempo. Isso pode causar danos graves às empresas e à economia do país.
Enquanto os trabalhadores do setor de tecnologia são compensados por suas empresas pelo tempo que passam no exército, isso não diminui o impacto na produtividade das empresas. Ofir Angel, presidente da Auren Israel, prevê que o setor de tecnologia será particularmente afetado, com altas taxas de ausência dos trabalhadores. Ele também estima que o dano ao produto interno bruto de Israel será significativo.
No entanto, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo setor de tecnologia, muitos fundadores de startups, investidores e engenheiros que não foram convocados estão contribuindo de outras formas, como por meio de doações. Para eles, o momento é de união para derrotar o Hamas.
A situação em Israel continua tensa, e o estado de guerra está apenas começando. A incerteza sobre a duração do conflito e o impacto na economia do país permanecem. A missão de todos agora é se unir para enfrentar esse desafio e, posteriormente, lidar com as consequências econômicas que surgirão.