Trabalhadores israelenses do setor de tecnologia convocados para a guerra na Faixa de Gaza colocam startups em risco.

Milhares de trabalhadores israelenses do setor de tecnologia, capital de risco e fundadores de startups foram convocados pelo Exército de Israel para se envolver na operação na Faixa de Gaza. Esses trabalhadores desempenham um papel crucial na economia de Israel, contribuindo com cerca de um quinto do produto interno bruto do país.

Um exemplo desses trabalhadores é Or Shoval, CEO de uma startup de tecnologia israelense, que estava de férias quando recebeu a notícia do ataque do Hamas a Israel. Apesar de estar em uma cidade egípcia à beira-mar, Shoval imediatamente se preparou para retornar ao seu país e enfrentar a situação de crise. Mesmo envolvido no conflito, Shoval continuou trabalhando para atender a clientes de sua empresa fora de Israel.

No entanto, nem todos os trabalhadores do setor de tecnologia apoiam a guerra de Israel contra o Hamas. Recentemente, uma coalizão de funcionários da Amazon e do Google pediu que suas empresas interrompessem a venda de tecnologia para Israel através do Projeto Nimbus, uma parceria de computação em nuvem. Esses funcionários afirmam que suas empresas são “cúmplices dessa devastação” e pedem que elas se comprometam com a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.

A convocação dos reservistas israelenses para a luta contra o Hamas é uma realidade para muitos. A maioria dos israelenses é obrigada a cumprir o serviço militar após o ensino médio e muitos permanecem na reserva. Estes reservistas, incluindo trabalhadores do setor de tecnologia, podem ser chamados para a linha de frente em momentos de conflito.

O impacto dessa convocação na economia de Israel ainda é incerto. Com a possibilidade de uma busca terrestre em Gaza pelos reféns israelenses, é esperado que os reservistas fiquem longe de seus empregos por um período significativo de tempo. Isso pode causar danos graves às empresas e à economia do país.

Enquanto os trabalhadores do setor de tecnologia são compensados por suas empresas pelo tempo que passam no exército, isso não diminui o impacto na produtividade das empresas. Ofir Angel, presidente da Auren Israel, prevê que o setor de tecnologia será particularmente afetado, com altas taxas de ausência dos trabalhadores. Ele também estima que o dano ao produto interno bruto de Israel será significativo.

No entanto, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo setor de tecnologia, muitos fundadores de startups, investidores e engenheiros que não foram convocados estão contribuindo de outras formas, como por meio de doações. Para eles, o momento é de união para derrotar o Hamas.

A situação em Israel continua tensa, e o estado de guerra está apenas começando. A incerteza sobre a duração do conflito e o impacto na economia do país permanecem. A missão de todos agora é se unir para enfrentar esse desafio e, posteriormente, lidar com as consequências econômicas que surgirão.

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