Tal condenação se deu após Ciro Gomes fazer acusações sem provas durante uma entrevista concedida ao jornal “Folha de S.Paulo” em 2002, época em que ambos disputavam a Presidência. Na ocasião, o pedetista afirmou que seu adversário era “o candidato dos grandes negócios e das negociatas, da manipulação despudorada do espaço público, do dinheiro público para fins eleitorais”. Essas declarações resultaram em uma ação judicial movida por José Serra alegando danos morais.
Inicialmente, o valor da indenização pleiteada era de R$ 10 mil, mas ao longo dos anos, o montante aumentou para R$ 447 mil. A condenação já transitou em julgado, o que significa que não cabe mais recurso. Porém, o casal ainda tem a opção de contestar o bloqueio das contas de Giselle.
A decisão da juíza Elaine Faria Evaristo, proferida em 25 de setembro, alega que Ciro Gomes transferiu uma quantia proveniente da venda de um imóvel, avaliado em R$ 560.949,79, para sua esposa Giselle. Segundo a juíza, essa transferência foi uma tentativa de ocultar o patrimônio do político.
Cabe ressaltar que Ciro Gomes e Giselle Bezerra vivem em uma união estável, o que justificaria o bloqueio das contas da companheira de Ciro. A juíza afirma que a medida tem como objetivo bloquear o patrimônio do executado, Ciro Gomes, e não o de sua companheira.
A situação do casal demonstra a gravidade das consequências jurídicas relacionadas a declarações irresponsáveis, especialmente no contexto político. A decisão judicial de bloquear as contas de Giselle Bezerra evidencia a seriedade das acusações feitas por Ciro Gomes contra José Serra, levando-o a arcar com uma indenização milionária. Resta agora ao casal decidir se questionará essa decisão judicial.