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‘The Voice’, a democracia e as falhas

Hoje o ‘The Voice Brasil’ estreia uma nova fase chamada Remix. Pelo o que entendi, envolve o uso do botão vermelho, a possibilidade de se utilizar uma carta curinga e a tentativa de fazer com que Carlinhos Brown não fique sem candidatos na final. Algo assim. Mas o ponto aqui é outro: hoje o programa também terá a volta de Rafah. Na última quinta-feira o candidato havia sido eliminado devido a uma falha técnica. Isso: falha técnica, essa velha conhecida dos talent shows da Globo.

Nunca é demais lembrar que a falha – técnica ou humana – é frequentadora assídua do ‘SuperStar’, no qual já fez algumas vítimas – a mais notória delas foi a banda Fulô de Mandacaru, eliminada de cara por um erro de Daniela Mercury, que, na tentativa de votar “sim”, havia apertado o botão “não”. Ironicamente a banda viria a vencer a disputa (e aqui, ao melhor estilo Deadpool, colocamos as mãos no rosto com falsa cara de espanto).

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Bom, são águas passadas, sim, mas que voltam a correr agora no ‘The Voice Brasil’: durante a apresentação de Rafah a tela exibiu a foto e número de telefone do outro candidato, Luan Douglas. A Globo se defendeu dizendo que isso ocorreu por pouquíssimos segundos, mas parece ter acusado o golpe ao reintroduzir o rapaz no jogo.

Realities com votação popular são sempre tensos e nem sempre justos. É a diferença crucial entre, por exemplo o ‘The Voice’ e o ‘MasterChef’. Sim, no primeiro você tem parâmetros para julgar, pois pode ouvir a música e formar sua opinião, enquanto que no segundo depende do parecer dos jurados. Por outro lado, me parece que uma apuração técnica é mais confiável do que esse jogo no qual ganha quem tem maior fã-clube.

Há quem defenda nas redes sociais essa estratégia e diga que esse é o espírito do programa. Bem, não deveria ser. A ideia inicial por trás do ‘The Voice’ era escolher a melhor voz, não o/a cantor/a mais bonito/a ou popular. Infelizmente virou guerrinha de fãs – e não só fãs dos candidatos, mas dos técnicos também.

Claro que isso não acontece só no Brasil. Os ‘The Voice’ ao redor do mundo também são decididos na votação popular. Na última terça tivemos a final do ‘The Voice USA’, vencido por Sundance Head, um sujeito gorducho, baixinho, com uma barba enorme, chapéu de cowboy e voz magnífica. É bem provável que não ganhasse por aqui, mesmo com o apoio de Michel Teló.

De qualquer forma, a decisão é democrática. Não quer dizer que seja justa, apenas que a maioria vence independentemente de gosto ou coerência. Mas já dizia Winston Churchill que “a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história”. Convivamos com ela, pois.

 

Yahoo

15/12/2016

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