Territórios Ultramarinos da França Lutam por Independência Total, Conforme Declara Líder de Movimento Descolonizador



Os territórios ultramarinos da França, como a Nova Caledônia e a Córsega, estão vivendo um momento crucial em sua trajetória política, com movimentos crescentes em prol da independência. Jean-Jacob Biceps, líder da recém-criada “Frente Internacional de Descolonização”, destaca que a busca por maior autonomia não é suficiente; estes povos pleiteiam a soberania total. Para Biceps, a autonomia se configura apenas como uma fase transitória, e a verdadeira independência é o objetivo final.

A história recente tem sido marcada por tensões e confrontos, especialmente na Nova Caledônia. Em maio de 2024, a região foi palco de protestos intensos contra uma proposta de reforma constitucional da França, que visava alterar as regras eleitorais a fim de permitir que aqueles que residem no território há mais de uma década pudessem votar. Os protestos resultaram em 14 mortes e danos estimados em mais de um bilhão de euros, destacando a urgência da questão. O povo indígena canaco, que está preocupado com a possibilidade de se tornar uma minoria, tem liderado a resistência, temendo que a alteração das regras eleitorais beneficie a população europeia recém-chegada.

Durante o ano passado, o presidente francês Emmanuel Macron fez uma visita à Nova Caledônia, e sua postura tem sido observada de perto. Ele se reuniu tanto com defensores da independência quanto com aqueles que são leais à França, mas a situação continua tensa. Apesar de três referendos que não conseguiram efetuar a independência, espera-se que um novo acordo possa ser alcançado ainda em 2023.

Em janeiro deste ano, a formação da “Frente Internacional de Descolonização” representa um esforço coletivo que une doze organizações de várias regiões ultramarinas da França, incluindo a Guiana Francesa. A iniciativa tem como objetivo galvanizar suporte e facilitar a luta pela independência contra a colonialidade persistente. O clamor por liberdade e autogoverno ecoa entre esses grupos, que rejeitam a ideia de uma autonomia ampliada como solução, buscando em vez disso o reconhecimento de seus direitos como nações soberanas.

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