Segundo relato do geólogo Marcos Nascimento, coordenador científico do Geoparque Seridó, a equipe sentiu o tremor enquanto esperava um táxi após o jantar. Eles se abrigaram na praça e sentiram dois abalos de menor intensidade e um mais leve no final do tremor. Nascimento conta que a cidade de Marrakech fica próxima da região das altas montanhas, chamada Alto Atlas, onde há o encontro de duas placas tectônicas, da África e da Europa, que colidiram-se, causando o terremoto.
Ele também relata que as construções na região não estão preparadas para enfrentar terremotos e muitas delas foram demolidas, gerando um caos, com blocos de rocha caindo sobre pessoas, casas e carros. A equipe do Geoparque Seridó entrou em contato com as demais comitivas brasileiras e todos estão bem. Eles deixaram o Marrocos e já estão em Portugal para missões técnicas, retornando a Natal no próximo sábado.
Com o cancelamento das atividades da conferência, os participantes se uniram em mutirões para ajudar a população local, com doação de sangue e dinheiro. Houve também doação de dinheiro das inscrições para a excursão que seria realizada, sendo destinada à ajuda humanitária na região de Marrakech e arredores.
A conferência, que reuniu 195 geoparques mundiais da Unesco de aproximadamente 50 países, teve como objetivo discutir estratégias de conservação e promoção do patrimônio geológico e cultural das regiões. Apesar do terremoto e dos desafios enfrentados, a equipe do Geoparque Seridó está bem e continua com sua missão de pesquisa e preservação geológica.









