Terremoto de magnitude 6,3 no Afeganistão deixa mais de 2,4 mil mortos e provoca destruição em várias cidades



Na última semana, o Afeganistão foi abalado por um terremoto devastador de magnitude 6,3, que deixou uma trágica sequela de destruição e morte. Segundo informações divulgadas pelas autoridades do Talibã, o número de mortos ultrapassou a marca alarmante de 2,4 mil, até o último domingo. O tremor atingiu regiões localizadas a 30 quilômetros a noroeste da cidade de Herat, causando pânico e desespero entre os residentes.

No domingo, o governo local relatou um aumento significativo no número de vítimas fatais. Antes dessa atualização, a contagem dos mortos estava abaixo de 1 mil, mas agora o balanço oficial aponta para 2.445 mortos. O porta-voz do Ministério dos Desastres do Talibã, Janan Sayeeq, informou que diversas cidades foram completamente destruídas pelo terremoto e aproximadamente 1,3 mil casas desabaram na região afetada.

Diante dessa tragédia, o International Rescue Committee, uma organização sem fins lucrativos, mobilizou rapidamente sua equipe de resposta imediata para fornecer ajuda aos afetados pelo terremoto. Equipes de saúde também foram disponibilizadas para atender a população nas regiões afetadas, nos distritos de Zindajan e Enji. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre a possibilidade de aumento no número de vítimas, à medida que as operações de busca e salvamento continuam.

Herat, considerada a capital cultural do Afeganistão, é a mais afetada pelo terremoto. Com uma população de 1,9 milhões de pessoas, a cidade está localizada a 120 quilômetros a leste da fronteira com o Irã. O país, em geral, é propenso a terremotos, principalmente na cordilheira Hindu Kush, onde as placas tectônicas da Eurásia e da Índia se encontram.

Esse desastre natural ocorre em um momento delicado para o Afeganistão, que já enfrenta uma grave crise humanitária. Com o retorno dos talibãs ao poder em 2021 e a retirada da ajuda internacional, o país se encontra em uma situação de extrema fragilidade. Os efeitos dessa crise são agravados por desastres naturais, como o terremoto registrado na última semana, que impactam negativamente a população e dificultam ainda mais a recuperação do país.

Não é a primeira vez que o Afeganistão enfrenta um terremoto de grandes proporções. Em junho deste ano, um terremoto de magnitude 5,9 deixou mais de 1.000 mortos e milhares de desalojados na província de Paktika. Em março passado, um tremor de magnitude 6,5 matou 13 pessoas no Afeganistão e no Paquistão, próximo à cidade de Jurm.

O país agora enfrenta o desafio de reconstruir as áreas afetadas pelo terremoto e atender às necessidades urgentes da população. A ajuda humanitária é essencial nesse momento, e organizações internacionais estão se mobilizando para oferecer suporte ao Afeganistão nessa difícil jornada de recuperação.

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