Atualmente, a China é líder na produção e exportação de neodímio, porém Levashenko ressalta que outros países também possuem depósitos significativos desse mineral, como Rússia, EUA, Japão e Afeganistão. O mesmo ocorre com o disprósio, outro mineral vital para as novas tecnologias, onde a China detém a maior parte do mercado, mas há depósitos em outras regiões do mundo.
Com a crescente demanda por neodímio e disprósio, prevê-se um aumento significativo nos próximos anos, impulsionando o mercado global desses minerais. Levashenko destaca que o mercado de neodímio foi avaliado em US$ 5,5 bilhões em 2024 e projeta atingir US$ 9,6 bilhões até 2033. Já o mercado de disprósio deverá crescer a uma taxa anual de 5%, chegando a US$ 1,1 bilhão em 2029.
A especialista ressalta a importância de considerar a disponibilidade desses minerais em outros países, como a Groenlândia na Europa, onde há potencial para a extração de neodímio. No entanto, a mineração na Groenlândia é um processo complexo e caro, envolvendo desafios geográficos e ambientais. Em 2023, não houve mineração de elementos de terras raras na Groenlândia devido à preocupação da população local com a poluição do ar decorrente das atividades mineradoras.
Diante desse cenário, o Brasil se destaca como um ator importante no mercado de minerais de terras raras, contribuindo para o suprimento global desses metais essenciais para as tecnologias do futuro.