Os trabalhadores terceirizados dos Ministérios da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e das Mulheres alegam que estão sem receber seus salários devido à falta de repasse por parte da R7 Facilities. Segundo relatos, a empresa justifica a situação alegando não ter recebido os valores das pastas responsáveis pelos contratos.
Em declarações sob anonimato por medo de represálias, os trabalhadores afirmaram que a empresa não efetuou os pagamentos devido à falta de repasses dos ministérios. Apesar do atraso nos salários, os funcionários continuam comparecendo regularmente aos seus postos de trabalho, temendo perder seus empregos.
A situação se agrava devido ao grande número de funcionários afetados pelo atraso nos pagamentos, que ultrapassa a marca de mil pessoas. Em comunicado, a R7 Facilities atribui o atraso salarial a informações falsas e tendenciosas e à falta de repasses financeiros de alguns órgãos.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que está em dia com todas as obrigações contratuais com a empresa, e que notificou a R7 Facilities sobre o atraso nos pagamentos, mas ainda não obteve retorno oficial. A pasta informou que está tomando as medidas necessárias para aplicar as sanções cabíveis à empresa.
A R7 Facilities tem sido alvo de investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) desde março de 2024, devido a suspeitas de uso de “laranjas” e endereços de fachada em seus contratos com o governo federal. O proprietário da empresa, Gildenilson Braz Torres, está sob escrutínio da CGU por suas atividades. A empresa também foi responsável por obras de manutenção em um presídio federal que registrou fugas históricas.
Até o fechamento desta matéria, as tentativas de contato com a R7 Facilities e o Ministério dos Direitos das Mulheres não obtiveram retorno. O Metrópoles permanece à disposição para novas informações e manifestações sobre o caso.