A demência é uma condição grave de perda de memória que interfere na vida cotidiana, de acordo com a Associação de Alzheimer. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando de 60% a 80% dos casos. O Instituto Metropolitano de Gerontologia de Tóquio analisou 12 mil moradores da cidade japonesa e descobriu que ter cães significa que eles terão maior probabilidade de sair de casa, aumentando assim a interação entre humanos e exercitando o cérebro. Após um período de estudo de quatro anos, possuir um cão teve um “efeito supressivo” no desenvolvimento da demência, descreveram os pesquisadores.
“Especificamente, os donos de cães com hábito de exercício e sem isolamento social tiveram um risco significativamente menor de demência incapacitante”, escreveram os autores no estudo. “Os cuidados com os cães podem contribuir para a manutenção da atividade física, incluindo o hábito de praticar exercícios, e a participação social mesmo diante de restrições às interações como as vivenciadas durante a pandemia de Covid-19”, concluíram os pesquisadores.
Embora a probabilidade de desenvolver demência fosse maior para os donos de cães que não praticavam exercícios regularmente e estavam socialmente isolados, ainda era menor do que para aqueles que não tinham cachorro e não faziam exercícios ou socializavam. Além disso, estudos recentes sugerem que passar apenas 20 minutos acariciando um cachorro pode diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, nas pessoas, conforme evidenciado por pesquisadores da Escola de Psicologia da Universidade de Wollongong.
Portanto, os benefícios de ter um cachorro para os idosos vão além da companhia, ajudando a prevenir condições como demência e reduzindo os níveis de estresse. Essas descobertas ressaltam a importância dos animais de estimação na vida das pessoas mais velhas e sua influência positiva na saúde física e mental.