Tentativa de obstrução da oposição falha e Câmara retoma votações em plenário após desistência do protesto contra Bolsonaro.



Na tarde desta terça-feira, a tentativa da oposição de obstruir os trabalhos da Câmara dos Deputados não alcançou o objetivo desejado. Apesar dos esforços do grupo em travar votações em comissões e no plenário como forma de protesto contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), os deputados registraram presença em número suficiente para dar início às atividades legislativas.

Por volta das 15h30, a sessão contava com a presença de 300 parlamentares, superando o quórum necessário de 257 para iniciar as votações. Após a estratégia de obstrução falhar, líderes da oposição comunicaram que desistiram de impedir os trabalhos no plenário.

A tentativa de obstrução causou descontentamento na Casa, uma vez que as propostas agendadas para a semana eram consideradas consensuais e de interesse da bancada feminina. O presidente da Câmara, Hugo Motta, que estava em viagem ao Japão com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou os deputados sem pautas polêmicas que poderiam gerar atritos entre oposição e governo.

Na semana anterior, a oposição já havia ameaçado entrar em uma espécie de “greve” para marcar posição e exigir respostas sobre o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e na suposta trama golpista. A possibilidade de obstrução gerou debates acalorados no plenário, com a deputada Maria do Rosário manifestando preocupação com a potencial paralisação da votação de projetos voltados para as mulheres.

Nos bastidores, lideranças da oposição sinalizaram que uma nova tentativa de obstrução poderá ocorrer no dia seguinte, quando o STF preve finalizar o julgamento que decidirá se Jair Bolsonaro e outros sete aliados se tornarão réus por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A Corte irá deliberar sobre a aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e seus correligionários.

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